No dia 24 de Outubro último, entre as 10.00 e as 17.30 horas, decorreu no Centro Pastoral (Seminário) de Beja o 34º Dia Diocesano, sob o lema “Com Maria, seremos Igreja viva” e a presidência do Bispo Diocesano, D. António Vitalino Dantas, tendo a seu lado a participação activa do seu Coadjutor, D. João Marcos. Este ano, a Assembleia Diocesana contou com a participação de cerca de trezentos elementos, provenientes e representantes de toda a Diocese. Para este encontro, para além do clero, religiosos e religiosas, foram convidados os fiéis mais activos nos diferentes sectores da vida pastoral e que, normalmente, dinamizam secretariados, serviços, movimentos e/ou associações de fiéis.
Após a Oração da Manhã (Laudes), a apresentação por Arciprestados, de uma forma viva, encenação a cargo da Fraternidade dos Irmãozinhos de S. Francisco de Assis (FISFA), foi ocasião para nos introduzir nos trabalhos a realizar, contando com a presença d’Aquela que, habitualmente saudamos com a bela expressão “Avé Maria”.
Os trabalhos foram coordenados pelo Padre António Novais Pereira, Presidente do Secretariado Diocesano da Coordenação e Animação Pastoral (SCAP) que começou por situar todos os participantes entre o Ano Pastoral findo e o Ano Pastoral 2016 – 2017, iniciado a um de Setembro. Segundo ele, o lema para a acção da Igreja na Diocese de Beja “Com Maria, seremos Igreja viva” deverá ser acolhido por todos como “uma opção fundamental que iluminará o programa pastoral dos diferentes organismos diocesanos”. “Embora o ano jubilar da misericórdia, na Diocese, encerre a 20 de Novembro próximo, e em Roma, a 20 de Novembro, a virtude da misericórdia continuará a iluminar o nosso viver cristão, como “meta a alcançar com empenho e sacrifício”, incentivada pela peregrinação (MV 14), disse.
A misericórdia e as dimensões dos cristãos como “homens do caminho” e “discípulos missionários” foram as vertentes mais sublinhadas no início dos trabalhos, parecendo dar a entender que ainda pouco se avançou na tão falada, desejada e necessária “nova evangelização, “enquanto anúncio do evangelho e da novidade ousada que se aguarda da parte dos evangelizadores”, referiu. O Presidente do SCAP, a terminar, lançou uma pergunta à qual respondeu com algumas condições: “Seremos uma Igreja viva? Sim, se aprofundarmos a dimensão do crescimento da nossa fé, do seu verdadeiro alimento e… tudo com Maria!”.
PROGRAMA PASTORAL
Na apresentação do Programa Pastoral para 2016 / 2017, o Bispo Coadjutor, D. João Marcos deixou bem claro que, a iluminá-lo, estarão as celebrações do Centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima. “A Virgem Maria é a figura e a imagem perfeita da Igreja, tem impacto e consequências na fé dos católicos portugueses, em geral, e particularmente, nos diocesanos de Beja”, referiu.
Do Programa Pastoral, salientamos, como grande objectivo, conhecer a Virgem Maria nos mistérios da sua vida, e neles, o mistério da Igreja e o desígnio de Deus a nosso respeito. Para a sua concretização, a necessidade de aprender a orar com Maria; edificar a Igreja, de olhos postos n’Ela, aprendendo a servir os irmãos; celebrar as festas e as memórias litúrgicas de Nossa Senhora, a edição de algumas catequeses e a proposta de textos do magistério sobre a Virgem Maria para reflexão em grupos. A este propósito, D. João Marcos apresentou sucintamente sete catequeses marianas, já editadas e que começaram a ser adquiridas pelos participantes no dia diocesano. Os Párocos, conforme as necessidades sentidas nas suas comunidades, poderão proceder à requisição dos respectivos exemplares, junto do Secretariado Diocesano da Coordenação e animação Pastoral.
Após um breve intervalo, seguiu-se uma hora de reflexão e partilha, em dez grupos, previamente constituídos.
PLENÁRIO
Da parte de tarde, durante uma hora, realizou-se o Plenário, ocasião para a partilha dos diferentes grupos, a partir de quatro questões: Em que se vê a importância de Nossa Senhora na vida de cada um? Que impacto e consequências tiveram as aparições de Nossa Senhora de Fátima para a fé dos católicos portugueses e, concretamente, dos diocesanos de Beja, ao longo destes 100 anos? Como deverão ser as nossas famílias, as Paróquias e as comunidades cristãs, para que nelas se vá percebendo a presença de Maria? Como iniciar as crianças e os jovens a uma verdadeira devoção a Nossa Senhora, nas famílias e paróquias? Conforme solicitado, e lutando contra o pouco tempo disponível, foi notável o esforço de síntese por parte dos respectivos secretários. O Presidente do SCAP recordou o que foi referido pelos grupos, após o que D. João Marcos sublinhou a importância de rezar em família e pediu aos participantes que “ajudem os Párocos na elaboração das estratégias para que o Programa Pastoral, localmente, se torne fecundo e dê frutos abundantes”.
A Assembleia Diocesana teve como momento culminante a celebração Eucarística, com início às 16.00 horas. Conforme foi salientado na introdução inicial, a Eucaristia é sinal e realiza a comunhão da Igreja e, particularmente, celebrada num Dia Diocesano, com a Presidência do Bispo: todo o povo de Deus, representado pelos fiéis em geral, pelos secretariados, serviços, movimentos, associações, religiosos e clero, reúne-se â volta da mesma mesa Eucarística, lugar privilegiado para ler e acolher a Palavra de Deus.
D. António Vitalino, Bispo de Beja, no final da Assembleia, e também da celebração da Eucarística, dirigiu a todos palavras vividas com os seus diocesanos, desde que entrou como Bispo de Beja, e de despedida, tendo manifestado a sua disponibilidade para, após a aceitação da sua resignação pelo Santo Padre, continuar a servir a Igreja, à qual a assembleia respondeu, de pé, com uma grande salva de palmas.
António Novais Pereira