quarta-feira, 3 de junho de 2015

SÍNODO DIOCESANO

IGREJA DE BEJA
PROMOVE
ENCONTRO COM AS INSTITUIÇÕES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL




Na tarde do dia 17 de Outubro de 2013, no Centro Pastoral de Beja, (Seminário) realizou-se um encontro com as Instituições de Solidariedade Social, no contexto do Sínodo que a Diocese de Beja está a realizar. Em resposta ao convite do Senhor Bispo às direcções das instituições e seus técnicos, participaram no encontro mais de cinquenta instituições sediadas na Diocese, perfazendo mais de duzentos participantes. 
Foram convidados, para ajudar na reflexão, o Dr. Manuel Lemos, Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, o Professor Eugénio da Fonseca, Presidente da Caritas Portuguesa, bem como o Padre Lino Maia, Presidente da CNIS que, por motivos imprevistos, não pode participar.
Depois de uma palavra de agradecimento pela presença significativa das instituições e seus colaboradores, o Bispo da Diocese, D. António Vitalino, passou a palavra ao Presidente da Comissão Sinodal, Dr. António Domingos Pereira, que moderou o encontro. Na sua introdução, referiu que, desde que se delineou a estrutura do Sínodo, foi propósito da Comissão auscultar as pessoas e as instituições que, tal como a Igreja, se ocupam dos que precisam de qualquer tipo de ajuda. Com todos os que estão disponíveis para o diálogo sobre o trabalho no campo social, deseja a Igreja de Beja encontrar formas de melhor servir quem mais precisa. Em ordem ao debate e como orientação para o encontro lançou então as seguintes questões:
1. Que intervenção deve ser a da Igreja no campo social e em particular no interior das instituições de solidariedade social?
2. Como conjugar esforços para rentabilizar recursos, respeitando a identidade de cada instituição?
3. Qual o papel do voluntariado no interior destas instituições?
De seguida, o Dr. Manuel Lemos iniciou a sua intervenção fazendo uma breve resenha da história das Misericórdias em Portugal que, segundo ele, sobreviveram até à actualidade, graças à sua acção activa em favor da solidariedade. Fazendo eco do pensamento do Papa Bento XVI, referiu que a sua missão subsidiária com o Estado há-de estar sempre ligada ao princípio da solidariedade. Por outro lado, os próprios Estatutos das Misericórdias falam de compromissos, aos quais acresce o dever de olharmos para os novos desafios com uma nova fantasia ou seja, com uma imaginação criativa. 
A actual crise sem precedentes, desde que há Estado Social (finais do séc. XIX), exige que trabalhemos em colaboração conjunta e impregnados de rigor, eficiência e profissionalismo. Segundo o Dr. Manuel Lemos, a cooperação ou trabalho em conjunto é uma dos maiores desafios, como forma de rentabilizarmos os parcos recursos disponíveis, fazermos mais e melhor com menos dinheiro e prosseguirmos no cumprimento da nossa missão.
A reflexão teve continuidade com o Professor Eugénio da Fonseca, Presidente Nacional da Caritas Portuguesa, partindo do princípio de que, quando falamos de solidariedade com subsidiariedade não estamos perante ideias utópicas porque, segundo ele, acreditamos que é possível mudar as realidades. A própria Doutrina Social da Igreja dá o seu contributo na construção do bem comum, procurando iluminar as realidades com a luz do Evangelho. O crescimento económico é apenas uma parte do desenvolvimento humano, não podendo o homem ter preocupações somente de ordem material e qualquer politica de desenvolvimento tem que incluir a todos, não deixando a ninguém de fora.
Como grandes princípios orientadores a ter em conta nas Instituições Solidárias, O Professor Eugénio da Fonseca, com a clareza que lhe conhecemos, sublinhou o respeito pela dignidade humana, o bem comum, a transparência nos meios ao dispor e a vivência da solidariedade. Segundo ele, a defesa do bem comum implica pensar no futuro e, por isso, é imprescindível a racionalização dos recursos que temos como modo de não hipotecarmos o futuro dos filhos e manifestarmos que temos um grande respeito perante aqueles que nos hão-de suceder. Quanto à vivência da solidariedade, considera-a um dever de cidadania, já que o próximo ama-se tanto mais quanto mais se trabalha em favor do bem comum. A partilha de bens não pode ser a partilha das sobras ou a dádiva do que já não queremos ou não gostamos.
Como critérios a ter em conta sublinhou: a cooperação no desenvolvimento local, apoiada na necessária qualificação dos agentes que colaboram nas instituições, a participação activa na congregação de esforços e na procura de soluções, pôr em causa os próprios métodos, como forma de evitar o perigo dos actos formalizados, do funcionalismo, da burocratização e da tecnização excessiva, geradores de desumanização. 
Em jeito de desafios, o Presidente da Caritas Portuguesa referiu que a leitura atenta da realidade apela a respostas inovadoras, reinvenção de novas solidariedades ou novas opções de caridade. Citando o Papa Francisco, no início do seu Pontificado, terminou a sua intervenção aludindo à necessidade de sermos guardiães da vida, não deixando que os sinais de morte cresçam e manifestem a sua força, bem como o indispensável aprofundamento da identidade das nossas instituições, para que não nos desviemos nunca da razão da nossa existência.
Na parte final, tempo de diálogo entre a plateia e os convidados, muitas foram as preocupações manifestadas, das quais salientamos: o trabalho e a falta de tempo dos filhos, geradores de uma certa solidão e ausência da família experimentada nos Lares, e inclusive, na hora da própria morte, a alternativa que o voluntariado e a própria Igreja poderão proporcionar, a sustentabilidade das instituições, a qualidade e respeito perante as regras da sociedade, a capacidade de adaptação às novas e permanentes exigências, o profissionalismo como competência, que exige ter um grande coração para amar, o voluntariado com alegria, sem amadorismo e nada esperar em troca, etc.
A terminar, o Senhor Bispo agradeceu a todos os presentes terem aceite participar neste encontro e à sua organização, que nos permitiu aprender uns com os outros. Os assuntos abordados são extremamente actuais e devem ajudar a quantos têm responsabilidades acrescidas na gestão e normal funcionamento das Instituições de Solidariedade.

António Novais Pereira

3ª Assembleia Sinodal da Diocese de Beja


A Igreja que queremos ser




No dia 09 de Novembro de 2013, entre as nove horas e trinta minutos e as dezassete horas, no Centro Pastoral Diocesano, em Beja, realizou-se a 3ª Assembleia Sinodal da Diocese de Beja, sob o lema “A Igreja que queremos ser”.
A sua preparação, ao longo do Ano Pastoral anterior, foi marcada principalmente por muitas reuniões de reflexão nas Paróquias, grupos, serviços e movimentos, tendo como base um Guião centrado na Igreja que queremos ser, alicerçada em três pilares fundamentais: “A Igreja, mistério de Comunhão”, “A Igreja, Povo de Deus” e “Igreja, Estruturas de Comunhão e Corresponsabilidade”.
Toda a reflexão diocesana deu origem a um documento, síntese final, que esteve na base dos trabalhos desta Assembleia Diocesana. Tendo em conta os períodos da manhã e da tarde, podemos falar de uma média de cinquenta e nove participantes.
Após o acolhimento feito pelo Secretariado-geral do Sínodo, a Assembleia reuniu-se na Igreja do Seminário, para a Oração de Laudes, própria da Festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão, igreja-mãe de todas as Igrejas da cidade de Roma e do mundo, sinal de amor e de unidade da Igreja Católica. No final, foi aclamado (Aleluia) e escutado o Evangelho, findo o qual, o Evangeliário foi solenemente transportado, processionalmente, para a sala de trabalhos, enquanto os Sinodais cantavam “Crê em Jesus e serás salvo”.
A mesa Sinodal, presidida pelo Bispo Diocesano, D. António Vitalino Dantas, contou com mais dois membros: o presidente da Comissão Sinodal, Cónego António Domingos Pereira e o coordenador do Secretariado-geral do Sínodo, Padre António Novais Pereira.
O Presidente da Assembleia deu início aos trabalhos, saudando os presentes, após o que passou a palavra ao coordenador dos trabalhos, Cónego Domingos Pereira. Este, após uma breve introdução, pediu ao coordenador do Secretariado que, brevemente, apresentasse o processo percorrido na elaboração da síntese final, ou documento base enviado aos sinodais. O Padre António Novais referiu que, da leitura atenta dos textos enviados, procurou as doze palavras mais referidas nas sínteses, a saber: Igreja, comunidade, fé, formação, família, comunhão, leigos/fiéis, Eucaristia/Missa, missão, jovens, testemunho/testemunhar, oração. Com base nestas palavras, que considerou quererem transmitir o que mais está presente na “cabeça” ou nos principais colaboradores da diocese, foi elaborado um texto breve que, embora apresentando catorze pontos ou ideias fundamentais, considera elaborado à volta de dois pontos fundamentais: “Paróquia, comunidade das comunidades” e “corresponsabilidade e missão”. 
Seguidamente, o coordenador dos trabalhos pôs à consideração dos Sinodais a hipótese de, neste dia, e em grupos, se reflectir sobre o que está subjacente nos catorze pontos apresentados, a fim de, no futuro, virem a surgir propostas pastorais mais concretas e, possivelmente, em menor número. Posta à votação, esta proposta foi aceite, por larga maioria. Por isso, ainda antes da celebração Eucarística, procedeu-se à constituição dos grupos de trabalho que, depois do almoço se reuniram e reflectiram, conforme os assuntos que lhes foram atribuídos.
Entre as 15.00 e as 17.00 horas realizou-se o Plenário, durante o qual cada grupo pode expor o que reflectiu, tendo o Secretariado registado minuciosamente tudo quanto foi mencionado, em ordem a uma nova síntese e continuidade dos trabalhos.
A terminar, houve ainda tempo para uma breve partilha de experiências pastorais, após o que o coordenador e o Senhor Bispo, agradeceram a disponibilidade e presença dos participantes e deram por encerrados os trabalhos.

António Novais Pereira

4ª Assembleia Sinodal da Diocese de Beja



No sábado, dia 24 de janeiro corrente, entre as dez horas e trinta minutos e as dezassete horas e trinta minutos, no Centro Pastoral Diocesano, em Beja, realizou-se a 4ª Assembleia Sinodal da Diocese de Beja.
A sua preparação, desde o Ano Pastoral anterior, foi marcada principalmente por muitas reuniões de reflexão nas Paróquias, grupos, serviços e movimentos, tendo como base o 2º Guião de trabalho, intitulado “A Palavra que dá vida”. Contudo, na elaboração das propostas agora apresentadas, foram consideradas não apenas as sugestões do último ano pastoral mas também o documento síntese levado à Assembleia Sinodal de 09 de Novembro de 2013, centrado na “Igreja que queremos”.
Sob a presidência do Bispo coadjutor, D. João Marcos, durante a manhã, e do Bispo titular, D. António Vitalino, durante a tarde, a Assembleia realizou os seus trabalhos no Salão do Centro Pastoral (Seminário). Logo após a Oração de Laudes, própria da memória de S. Francisco de Sales, o presidente a Assembleia deu início aos trabalhos e passou a palavra ao Presidente da Comissão Sinodal, Cónego António Domingos Pereira que, sucintamente, recordou a caminhada Sinodal já realizada e expôs o método a seguir neste dia.
Por seu lado, o Padre António Novais, Presidente do Secretariado-geral, recordou as regras principais a respeitar nas “intervenções na Assembleia Sinodal”, constantes no artigo 12º do Regulamente e, durante o dia, coordenou as intervenções dos sinodais, bem como a votação individual de cada proposta, no final da sua análise e pequenas alterações. Neste trabalho, foi fundamental a colaboração atenta dos outros elementos do secretariado presentes, dada a necessidade de proceder ao registo das intervenções, bem como das respectivas votações. Este trabalho foi dificultado pela variação das presenças na sala de trabalhos. De referir que, no cumprimento do Regulamento, não foi permitida a abstenção nas votações mas antes o voto “sim” (assinalado com o braço no ar e apresentando um cartão com a cor verde), o voto “sim com reserva” (assinalado com o braço no ar e apresentando um cartão com a cor amarela) e o voto “não” (assinalado com o braço no ar e apresentando um cartão com a cor vermelha).
No final dos trabalhos e da celebração da Eucaristia, D. António Vitalino agradeceu a participação de todos quantos se disponibilizaram para participar nesta assembleia e apelou ao empenho e entusiasmo na continuidade da caminhada sinodal, quer nos diferentes grupos, por toda a diocese, quer por parte de todos quantos têm especial dever na dinamização, principalmente a Comissão Sinodal e Secretariado-geral.


ASSUNTOS TRATADOS


Para melhor entendermos as propostas agora levadas à Assembleia Sinodal convém referir que, de certo modo, elas resultam das muitas reuniões de reflexão que se realizaram nos diferentes grupos que se constituíram nas Paróquias, grupos, serviços e movimentos. No ano Pastoral de 2012/2013 os trabalhos tiveram como base um Guião centrado na Igreja que queremos ser, alicerçada em três pilares fundamentais: “A Igreja, mistério de Comunhão”, “A Igreja, Povo de Deus” e “Igreja, Estruturas de Comunhão e Corresponsabilidade”. No Ano Pastoral de 2013/2014, o 2º Guião, intitulado “A Palavra que dá vida”, focou principalmente a necessidade de escutar Jesus Cristo, Palavra do Pai, que nos envia em Missão como testemunhas, arautos, celebrantes e orantes.
A síntese das respostas que chegaram ao Secretariado, tanto no primeiro como no segundo anos, indicou algumas propostas para a renovação da Igreja na diocese. No documento agora aprovado,  encontramos uma grande riqueza, cuja diversidade merece uma leitura atenta, havendo aqui lugar para uma referência geral aos assuntos nele contidos: estruturas paroquiais ou interparoquiais,  estruturas e serviços diocesanos, movimentos e grupos apostólicos, a instituição paroquial e seus diferentes serviços (catequese, anúncio da Palavra, Eucaristia, celebração dos Sacramento,s, serviço da caridade, celebração do domingo), pastoral familiar, o clero, dimensão missisonária, iniciação cristã, o acolhimento, pastoral vocacional, pastoral da juventude, a oração, importância das novas tecnologias ao serviço da comunicação eclesial e da evangelização,calendarização/programação e avaliação pastoral.


António Novais Pereira