PLANO PASTORAL
Chamados a crescer na fé
e
na prática da caridade organizada
INTRODUÇÃO
Após parecer favorável do Conselho Presbiteral último, a Comissão Sinodal e o SCAP propõem que não nos dispersemos com muitas coisas ou ideias, antes nos concentremos na temática e trabalhos sinodais, ao mesmo tempo que procuraremos delinear os caminhos de uma verdadeira iniciação cristã, convictos de que, deste modo, será possível “crescer na fé e na prática da caridade organizada”. Ao longo do ano pastoral pouco ou nada conseguiremos se não procurarmos aprofundar a nossa própria vida de fé para poder comunicá-la mais eficazmente. Nesta perspectiva, o recente Ano da Fé foi um “convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo». Porém, “a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria.» Mais do que ter muita fé, importa nela crescer, na medida em que se procura conhecer melhor os seus conteúdos, de modo a aderir a eles com maior convicção, amor e confiança, mantendo-a viva pela prática da caridade.
O Plano Pastoral, embora pareça demasiado simples, torna-se exigente na sua execução, ou até mesmo impossível, se faltar a audácia da fé para renunciar a determinados hábitos e critérios pastorais, em favor de novos caminhos ou experiências que será necessário fazer, tendo em conta a nova realidade e a experiência da Igreja, já refletida não apenas no Direito Canónico mas também nos Preliminares dos próprios Rituais. A meu ver, como “fazer cristãos” e “construir as comunidades cristãs, constitui o cerne da Iniciação Cristã.
Sabemos que já existem normas Diocesanas em vigor. Agora, é tempo de refletirmos, com base na experiência, sobre as dificuldades encontradas e, se for indispensável, propormos as respetivas alterações, na fé e procura da verdadeira comunhão eclesial. As notícias que por vezes nos chegam de práticas pastorais facilitistas ou simpáticas, não nos roubam a responsabilidade de lermos atentamente o que está estabelecido, com amor à verdade e procura do que se impõe fazer em favor da Iniciação Cristã.
PROJECTO OU PLANO PASTORAL PAROQUIAL
Na acção pastoral, para não cairmos na improvisação rotineira, torna-se necessário parar para reflectir e escrever os objectivos e as acções que dão coerência ao muito que temos a realizar.
Em primeiro lugar á necessário convencermo-nos da necessidade de um Projecto ou Plano Pastoral Paroquial para que possamos ver o horizonte eclesial para o qual caminhamos. Ao planificarmos, procuramos juntos, à luz da Palavra de Deus e com a ajuda do Espírito, as necessidades apontadas pelo Senhor, através dos desafios da realidade das nossas Paróquias.
Em segundo lugar, quando programamos, pensamos no futuro imediato e decidimos antecipadamente o que deve ser realizado. Numa boa programação, temos em conta as nossas possibilidades e adaptamo-nos ao dinamismo da vida, dos acontecimentos e necessidades sentidas pela comunidade, tendo em conta a realidade que nos circunda (Paróquia, Arciprestado e Diocese), os apelos que recebemos do Evangelho e da própria Igreja diocesana.
LINHAS PASTORAIS DIOCESANAS
1 - Prestar particular atenção ao percurso batismal dos jovens e adultos.
Definir e realizar um projeto de dois anos a ser seguido obrigatoriamente por todos os que se preparam para o batismo, em itinerário catecumenal. Fazer a avaliação de cada batizando ao longo do tempo. O projeto pode ser realizado em cada paróquia ou interparoquial. Caberá ao SCAP e ao Secretariado de liturgia, preparar o projeto, contando com o contributo dos diferentes agentes pastorais.
2 - Prestar particular atenção ao percurso para o sacramento da Confirmação. Definir e realizar um projeto de dois anos a ser seguido obrigatoriamente por todos os que se preparam para o Crisma, em itinerário catecumenal. Fazer a avaliação de cada crismando ao longo do tempo. O projeto pode ser realizado em cada paróquia ou interparoquial. Caberá ao SCAP e ao Secretariado de liturgia, preparar o projeto, contando com o contributo dos diferentes agentes pastorais.
3 - Dar particular relevo às primeiras Comunhões, fazendo um percurso catequético relevante com as crianças, em itinerário catecumenal e fomentando a comunhão eucarística continuada.
4 - Criar, em cada paróquia, um grupo de acólitos, desenvolvendo com eles um projeto sistemático de formação e ação.
5 - Criar ou aumentar em cada paróquia os grupos de trabalho sinodal, envolvendo-os na prática da caridade organizada nas suas paróquias.