terça-feira, 3 de novembro de 2015

5ª ASSEMBLEIA SINODAL DIOCESANA DE BEJA


A culminar a reflexão realizada nos grupos sinodais, durante o ano pastoral de 2014-2015, com base na afirmação de S. Paulo de que «Deus ama quem dá com alegria» (2 Cor 9, 7), reuniu-se no passado Sábado, dia 31 de Outubro, a 5ª Assembleia Sinodal Diocesana de Beja, no Centro Pastoral, entre as dez horas e as dezassete. 
Após a oração da manhã, presidida por D. João Marcos, Bispo Coadjutor, o Presidente da Assembleia, D. António Vitalino Dantas, Bispo Diocesano, deu início aos trabalhos, a todos saudando e fazendo votos de que o compromisso eclesial de muitos e o envolvimento pastoral das diferentes comunidades venha a frutificar abundantemente na vida da Igreja diocesana.
Seguidamente, o Presidente da Comissão Sinodal, Cónego António Domingos Pereira lembrou os pontos fundamentais do regulamento do sínodo, a ter em conta para um bom funcionamento e maior eficácia das Assembleias Sinodais: Presidência, assiduidade dos sinodais, coordenação das intervenções, respeitando a ordem do petição da palavra, tempo das intervenções, etc.
O Coordenador do Secretariado-geral do Sínodo, Padre António Novais, coordenou as intervenções dos sinodais, bem como a votação individual de cada proposta, no final da sua análise e pequenas alterações. Neste trabalho, foi fundamental a colaboração atenta dos outros elementos do secretariado presentes, dada a necessidade de proceder ao registo das respectivas votações, bem como de eventuais intervenções mais significativas ou a apresentação de outras propostas, por parte dos sinodais. Neste âmbito, é de registar alguma discussão que surgiu a propósito da proposta número dois, tendo mesmo surgido uma alternativa na sua redacção. Tendo sido colocada à votação, como alternativa à redacção inicial proposta pelo Secretariado-geral e Comissão Sinodal, a mesma foi rejeitada com uma diferença de cinco votos. Por isso, foi aprovado o texto inicialmente apresentado.



No final dos trabalhos e da celebração da Eucaristia, D. António Vitalino agradeceu a participação de todos quantos se disponibilizaram para participar nesta assembleia e apelou ao empenho e entusiasmo na continuidade da caminhada sinodal, quer nos diferentes grupos, por toda a diocese, quer por parte de todos quantos têm especial dever na dinamização, principalmente a Comissão Sinodal e Secretariado-geral.

PROPOSTAS APROVADAS

1. As comunidades cristãs, no seu cuidado com os pobres, tenham em conta a sua dignidade de pessoas e promovam a sua integração na própria comunidade e na sociedade. Para tal é necessário aprender a viver a misericórdia e praticar as obras corporais e espirituais.
2. As paróquias onde há «Lares paroquiais» e «Centros de dia» ou outras instituições de acolhimento em que é permitida a ação da Igreja elaborem um programa anual de ações adequadas, constituindo parte do seu plano pastoral, tendo em vista a evangelização, a oração, a preparação e a celebração dos Sacramentos. 
3. Em cada comunidade promova-se a atenção solícita de cada um ao próximo e faça-se o levantamento exaustivo dos carenciados, dos idosos, dos que vivem sós ou isolados e constitua-se um grupo específico de trabalho que lhes garanta os apoios necessários e possíveis, trabalhando em rede com outras instituições do meio e proporcionando-lhes o acesso aos dons de Deus.
4. Os ministros extraordinários da comunhão sejam motivados e devidamente preparados para exercerem bem o seu ministério de levar aos doentes a Palavra de Deus e a Comunhão Eucarística como prolongamento da celebração da comunidade.
5. Os presbíteros, os diáconos e outros agentes pastorais tenham o cuidado de manter as comunidades cristãs, à imagem das primeiras comunidades da Igreja, sensibilizadas e disponíveis para a partilha fraterna como forma de viver o espírito evangélico do cuidado dos pobres. 
6. Os ofertórios realizados em dias festivos, em que a comunidade se organiza para levar ao altar alguns géneros alimentares, sejam uma ocasião para sensibilizar as pessoas para a partilha e que os dons recolhidos se destinem aos pobres, no todo ou em parte. 
7. Por ocasião do Dia Mundial do Doente realize-se nas paróquias a celebração comunitária do Sacramento da Santa Unção na igreja paroquial com aqueles que podem deslocar-se, e motive-se a comunidade para visitar aqueles que não podem sair de casa.
8. Nas comunidades cristãs fomente-se a oração pelos doentes, pelos pobres, pelos que sofrem, pelos cristãos perseguidos e pelos atingidos por situações de calamidade, referindo-os com frequência na Oração Universal das celebrações.
9. Intensifique-se nas paróquias a oração pelas vocações de especial consagração e de serviço, cultive-se a adoração diante do Santíssimo Sacramento e, nas homílias e na pregação, ajudem-se os fiéis a viver conscientes a sua dignidade de filhos de Deus que receberam no batismo, de modo a poderem escutar e responder generosamente aos seus apelos.
10. As comunidades de vida consagrada na diocese organizem nas paróquias formas simples mas cativantes de apresentar o seu carisma e testemunho de vida. 

FINAL DO SÍNODO

Conforme calendarização Diocesana está marcada para o próximo dia 04 de Junho de 2016 a última Assembleia Sinodal Diocesana, Os frutos dos trabalhos sinodais realizados ao longo de toda a caminhada serão confiados à poderosa intercessão de Nossa Senhora de Fátima, aquando da realização da Peregrinação diocesana, em 25 e 26 de Junho,
Estando já marcada a Assembleia Diocesana, espera-se que as reflexões dos grupos sinodais, a realizar neste ano pastoral estejam concluídas até ao segundo domingo do tempo pascal e os sinodais, desde já, na sua agenda, reservem o dia 04 de Junho para a sua participação na Assembleia.


O Secretariado-geral

sábado, 26 de setembro de 2015

PLANO PASTORAL DA DIOCESE DE BEJA: 2015-2016

PLANO PASTORAL

INTRODUÇÃO
Com os olhos e o coração no rosto misericordioso de Jesus Cristo, revelador perfeito da misericórdia de Deus Pai, viveremos este ano pastoral como oportunidade para as nossas comunidades fortalecerem o seu testemunho de Jesus Cristo Ressuscitado e oferecerem a experiência do amor que consola, reconcilia, perdoa e revigora a esperança. Agradecidos pelo que recebemos e confiantes no Ressuscitado, assumimos a nossa responsabilidade face à missão da Igreja.

1. Acontecimentos marcantes

v      Jubileu Extraordinário da Misericórdia
v      Visitas Pastorais (Arciprestado de Odemira)
v      Sínodo dos Bispos sobre a Família (Outubro/2015)
v    Cinquentenário do encerramento do Vaticano II – Interroguemo-nos sobre o modo como anunciamos o Evangelho
v      Visita da Imagem Peregrina de Fátima (22 de Nov. a 06 de Dezembro)
v      Reabertura da Sé Catedral
v      Encerramento do Ano da Vida Consagrada (02 de Fevereiro de 2016)
v      “24 Horas para o Senhor”: (4 e 5 de Março de 2016) – Ocasião propícia para a celebração do sacramento da reconciliação
v      Jornada Diocesana da Juventude: 18 e 19 de Março de 2016
v      Fátima Jovem
v      Congresso Eucarístico Nacional: 10 a 12 de Junho de 2016 (Fátima)
v      Conclusão do Sínodo Diocesano (04 de Junho de 2016)
v    Peregrinação Diocesana a Fátima: (25 e 26 de Junho de 2016) “Estímulo à conversão” e “sinal peculiar no Ano Santo”, de que “a própria misericórdia é uma meta a alcançar que exige empenho e sacrifício”  (M.V. 14).

2. Propostas pastorais

1. Reconciliar e reconciliar-se, perdoar, mesmo aos inimigos e pedir perdão, viver a fé na caridade, cuja expressão máxima é a misericórdia, deve definir o âmbito e o método da vida e missão de todo o cristão e especialmente dos chamados a representar Cristo, Cabeça da Igreja.
É Missão prioritária da Igreja diocesana ser sinal e testemunho da misericórdia em todos os aspetos da sua vida pastoral. Por isso, de modo particular neste ano sinodal e do Jubileu da Misericórdia:

1.1. As comunidades cristãs sejam criativas em formas adequadas de estar próximas das "periferias existenciais" para lhes expressar vivencialmente a Misericórdia de Deus;

1.2. Comprometa-se cada comunidade cristã em programas de apoio a situações de famílias em crise ou dificuldades que perturbem a vida familiar;

1.3. Adote cada comunidade o modelo de Jesus na pedagogia da misericórdia. Para isso, sejam alargadas a todas as paróquias da diocese as catequeses sobre a misericórdia, dando a conhecer e a viver o modo como Jesus realizava a vontade misericordiosa do Pai;

1.4. Organize-se e preste-se todo o apoio às instituições e movimentos, existentes no perímetro de cada comunidade cristã, que põem em prática as obras de misericórdia (Misericórdias, IPSS, Sociedade de S. Vicente de Paulo, grupos sociocaritativos, etc.);

1.5. Intensifique-se o trabalho das missões populares e dos grupos missionários, dando sobretudo atenção às visitas porta a porta em particular aos doentes, aos que vivem só e aos mais pobres;
1.6. Olhe-se para além dos limites da diocese, partilhando com os pobres, em especial os mais necessitados material e espiritualmente;




2. O Santo Padre, na intervenção final da III Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, dirigiu aos fiéis esta recomendação: "Agora temos mais um ano para amadurecer, com verdadeiro discernimento espiritual, as ideias propostas e encontrar soluções concretas para tantas dificuldades e inúmeros desafios que as famílias enfrentam; para fornecer respostas para os muitos desânimos que cercam e sufocam as famílias".
2.1. Promover um encontro de espiritualidade e informação com casais recasados.
2.2. Tendo em conta a existência de muitos fiéis que vivem a experiência da separação conjugal, encarregar dois presbíteros, com olhar pastoral, com a responsabilidade de:
- oferecer apoio aos fiéis que vivem a prova da separação, facilitando-lhes o acesso aos caminhos canónicos para a dissolução do matrimónio ou para a declaração de nulidade;
- favorecer a aceleração dos tempos para um eventual processo de nulidade;
- colaborar com os defensores estáveis do Tribunal eclesiástico.
3. Sendo o Sacramento da Reconciliação um meio privilegiado de usufruir a misericórdia de Deus:
3.1. Cultivar em todas as ocasiões de encontro a dimensão do perdão como forma de ir criando capacidade para perdoar e ser perdoado,
3.2. Programar catequeses que ajudem os fiéis a adquirir a consciência do pecado, a necessidade do perdão e a aprendizagem de como confessar-se;
3.3. Incrementar a celebração do Sacramento da Reconciliação por ocasião das grandes festas litúrgicas e devocionais em todas as comunidades;
3.4. Facilitar o acesso ao Sacramento da Reconciliação, colocando em lugar visível um horário fixo de atendimento nas paróquias de residência do pároco e incentivar, com frequência, os fiéis a aproximarem-se deste sacramento;
4. Estabelecer uma pastoral coordenada dos Estabelecimentos prisionais, criando um programa de iluminação sistemática com base na palavra de Deus, ocasiões de celebração penitencial quando possível, além da visita evangélica testemunhal.
5. Intensificar a criação de Grupos de ação socio caritativa nas paróquias com o objetivo de tornar efetiva a prática da caridade em todas as comunidades cristãs.
6. Aproveitar os encontros arciprestais para o estudo da Bula da Misericórdia e as incidências pastorais daí decorrentes



3. Subsídios para os encontros com os adultos
(Sugestões)

v      Textos do Sínodo (7 temas)
v      Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia (MV)
v      Misericordiosos como o Pai (Lc.6,36-45)
v      Bom Samaritano (Lc.10,30-37)
v      Compaixão de Jesus pelas multidões (Mt 9,35- 38); cura dos doentes (Mt 14,13-14) e sacia o povo necessitado de alimento (Mt. 14,13-21; Mt 15,32-38).
v      Compaixão perante uma mãe em lágrimas (Lc 7, 11-15).
v      Experimentar a misericórdia para dela falar (Mc 5, 2-20) com novo entusiasmo. (MV. 12)
v      Parábolas da misericórdia: ovelha extraviada, dracma perdida, e o pai misericordioso (Lc 15, 1-32).
v      Perdão sem limites: (Mt 18,21-27)
v      A misericórdia como ideal de vida e critério de credibilidade para a nossa fé (Mt 5, 7): “A arquitrave que suporta a vida da Igreja é a misericórdia. Toda a sua ação pastoral deveria estar envolvida pela ternura com que se dirige aos crentes; no anúncio e testemunho que oferece ao mundo, nada pode ser desprovido de misericórdia. A credibilidade da Igreja passa pela estrada do amor misericordioso e compassivo”. (MV. 10. 12)
v      Parábola do juízo final: (Mt.25,31-46)
v      Viver o que Jesus anuncia: (Lc.4,16-21; cf. Is.61,1-11)
v      Redescobrir o rosto misericordioso do Pai – Tempo quaresmal - (Miq.7,18-20; Is. 58,6-14)
v      Obras de misericórdia corporais e espirituais: ocasião para acordar as consciências perante o drama da pobreza


Apresentado à Diocese em 26/09/2015




quarta-feira, 3 de junho de 2015

SÍNODO DIOCESANO

IGREJA DE BEJA
PROMOVE
ENCONTRO COM AS INSTITUIÇÕES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL




Na tarde do dia 17 de Outubro de 2013, no Centro Pastoral de Beja, (Seminário) realizou-se um encontro com as Instituições de Solidariedade Social, no contexto do Sínodo que a Diocese de Beja está a realizar. Em resposta ao convite do Senhor Bispo às direcções das instituições e seus técnicos, participaram no encontro mais de cinquenta instituições sediadas na Diocese, perfazendo mais de duzentos participantes. 
Foram convidados, para ajudar na reflexão, o Dr. Manuel Lemos, Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, o Professor Eugénio da Fonseca, Presidente da Caritas Portuguesa, bem como o Padre Lino Maia, Presidente da CNIS que, por motivos imprevistos, não pode participar.
Depois de uma palavra de agradecimento pela presença significativa das instituições e seus colaboradores, o Bispo da Diocese, D. António Vitalino, passou a palavra ao Presidente da Comissão Sinodal, Dr. António Domingos Pereira, que moderou o encontro. Na sua introdução, referiu que, desde que se delineou a estrutura do Sínodo, foi propósito da Comissão auscultar as pessoas e as instituições que, tal como a Igreja, se ocupam dos que precisam de qualquer tipo de ajuda. Com todos os que estão disponíveis para o diálogo sobre o trabalho no campo social, deseja a Igreja de Beja encontrar formas de melhor servir quem mais precisa. Em ordem ao debate e como orientação para o encontro lançou então as seguintes questões:
1. Que intervenção deve ser a da Igreja no campo social e em particular no interior das instituições de solidariedade social?
2. Como conjugar esforços para rentabilizar recursos, respeitando a identidade de cada instituição?
3. Qual o papel do voluntariado no interior destas instituições?
De seguida, o Dr. Manuel Lemos iniciou a sua intervenção fazendo uma breve resenha da história das Misericórdias em Portugal que, segundo ele, sobreviveram até à actualidade, graças à sua acção activa em favor da solidariedade. Fazendo eco do pensamento do Papa Bento XVI, referiu que a sua missão subsidiária com o Estado há-de estar sempre ligada ao princípio da solidariedade. Por outro lado, os próprios Estatutos das Misericórdias falam de compromissos, aos quais acresce o dever de olharmos para os novos desafios com uma nova fantasia ou seja, com uma imaginação criativa. 
A actual crise sem precedentes, desde que há Estado Social (finais do séc. XIX), exige que trabalhemos em colaboração conjunta e impregnados de rigor, eficiência e profissionalismo. Segundo o Dr. Manuel Lemos, a cooperação ou trabalho em conjunto é uma dos maiores desafios, como forma de rentabilizarmos os parcos recursos disponíveis, fazermos mais e melhor com menos dinheiro e prosseguirmos no cumprimento da nossa missão.
A reflexão teve continuidade com o Professor Eugénio da Fonseca, Presidente Nacional da Caritas Portuguesa, partindo do princípio de que, quando falamos de solidariedade com subsidiariedade não estamos perante ideias utópicas porque, segundo ele, acreditamos que é possível mudar as realidades. A própria Doutrina Social da Igreja dá o seu contributo na construção do bem comum, procurando iluminar as realidades com a luz do Evangelho. O crescimento económico é apenas uma parte do desenvolvimento humano, não podendo o homem ter preocupações somente de ordem material e qualquer politica de desenvolvimento tem que incluir a todos, não deixando a ninguém de fora.
Como grandes princípios orientadores a ter em conta nas Instituições Solidárias, O Professor Eugénio da Fonseca, com a clareza que lhe conhecemos, sublinhou o respeito pela dignidade humana, o bem comum, a transparência nos meios ao dispor e a vivência da solidariedade. Segundo ele, a defesa do bem comum implica pensar no futuro e, por isso, é imprescindível a racionalização dos recursos que temos como modo de não hipotecarmos o futuro dos filhos e manifestarmos que temos um grande respeito perante aqueles que nos hão-de suceder. Quanto à vivência da solidariedade, considera-a um dever de cidadania, já que o próximo ama-se tanto mais quanto mais se trabalha em favor do bem comum. A partilha de bens não pode ser a partilha das sobras ou a dádiva do que já não queremos ou não gostamos.
Como critérios a ter em conta sublinhou: a cooperação no desenvolvimento local, apoiada na necessária qualificação dos agentes que colaboram nas instituições, a participação activa na congregação de esforços e na procura de soluções, pôr em causa os próprios métodos, como forma de evitar o perigo dos actos formalizados, do funcionalismo, da burocratização e da tecnização excessiva, geradores de desumanização. 
Em jeito de desafios, o Presidente da Caritas Portuguesa referiu que a leitura atenta da realidade apela a respostas inovadoras, reinvenção de novas solidariedades ou novas opções de caridade. Citando o Papa Francisco, no início do seu Pontificado, terminou a sua intervenção aludindo à necessidade de sermos guardiães da vida, não deixando que os sinais de morte cresçam e manifestem a sua força, bem como o indispensável aprofundamento da identidade das nossas instituições, para que não nos desviemos nunca da razão da nossa existência.
Na parte final, tempo de diálogo entre a plateia e os convidados, muitas foram as preocupações manifestadas, das quais salientamos: o trabalho e a falta de tempo dos filhos, geradores de uma certa solidão e ausência da família experimentada nos Lares, e inclusive, na hora da própria morte, a alternativa que o voluntariado e a própria Igreja poderão proporcionar, a sustentabilidade das instituições, a qualidade e respeito perante as regras da sociedade, a capacidade de adaptação às novas e permanentes exigências, o profissionalismo como competência, que exige ter um grande coração para amar, o voluntariado com alegria, sem amadorismo e nada esperar em troca, etc.
A terminar, o Senhor Bispo agradeceu a todos os presentes terem aceite participar neste encontro e à sua organização, que nos permitiu aprender uns com os outros. Os assuntos abordados são extremamente actuais e devem ajudar a quantos têm responsabilidades acrescidas na gestão e normal funcionamento das Instituições de Solidariedade.

António Novais Pereira

3ª Assembleia Sinodal da Diocese de Beja


A Igreja que queremos ser




No dia 09 de Novembro de 2013, entre as nove horas e trinta minutos e as dezassete horas, no Centro Pastoral Diocesano, em Beja, realizou-se a 3ª Assembleia Sinodal da Diocese de Beja, sob o lema “A Igreja que queremos ser”.
A sua preparação, ao longo do Ano Pastoral anterior, foi marcada principalmente por muitas reuniões de reflexão nas Paróquias, grupos, serviços e movimentos, tendo como base um Guião centrado na Igreja que queremos ser, alicerçada em três pilares fundamentais: “A Igreja, mistério de Comunhão”, “A Igreja, Povo de Deus” e “Igreja, Estruturas de Comunhão e Corresponsabilidade”.
Toda a reflexão diocesana deu origem a um documento, síntese final, que esteve na base dos trabalhos desta Assembleia Diocesana. Tendo em conta os períodos da manhã e da tarde, podemos falar de uma média de cinquenta e nove participantes.
Após o acolhimento feito pelo Secretariado-geral do Sínodo, a Assembleia reuniu-se na Igreja do Seminário, para a Oração de Laudes, própria da Festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão, igreja-mãe de todas as Igrejas da cidade de Roma e do mundo, sinal de amor e de unidade da Igreja Católica. No final, foi aclamado (Aleluia) e escutado o Evangelho, findo o qual, o Evangeliário foi solenemente transportado, processionalmente, para a sala de trabalhos, enquanto os Sinodais cantavam “Crê em Jesus e serás salvo”.
A mesa Sinodal, presidida pelo Bispo Diocesano, D. António Vitalino Dantas, contou com mais dois membros: o presidente da Comissão Sinodal, Cónego António Domingos Pereira e o coordenador do Secretariado-geral do Sínodo, Padre António Novais Pereira.
O Presidente da Assembleia deu início aos trabalhos, saudando os presentes, após o que passou a palavra ao coordenador dos trabalhos, Cónego Domingos Pereira. Este, após uma breve introdução, pediu ao coordenador do Secretariado que, brevemente, apresentasse o processo percorrido na elaboração da síntese final, ou documento base enviado aos sinodais. O Padre António Novais referiu que, da leitura atenta dos textos enviados, procurou as doze palavras mais referidas nas sínteses, a saber: Igreja, comunidade, fé, formação, família, comunhão, leigos/fiéis, Eucaristia/Missa, missão, jovens, testemunho/testemunhar, oração. Com base nestas palavras, que considerou quererem transmitir o que mais está presente na “cabeça” ou nos principais colaboradores da diocese, foi elaborado um texto breve que, embora apresentando catorze pontos ou ideias fundamentais, considera elaborado à volta de dois pontos fundamentais: “Paróquia, comunidade das comunidades” e “corresponsabilidade e missão”. 
Seguidamente, o coordenador dos trabalhos pôs à consideração dos Sinodais a hipótese de, neste dia, e em grupos, se reflectir sobre o que está subjacente nos catorze pontos apresentados, a fim de, no futuro, virem a surgir propostas pastorais mais concretas e, possivelmente, em menor número. Posta à votação, esta proposta foi aceite, por larga maioria. Por isso, ainda antes da celebração Eucarística, procedeu-se à constituição dos grupos de trabalho que, depois do almoço se reuniram e reflectiram, conforme os assuntos que lhes foram atribuídos.
Entre as 15.00 e as 17.00 horas realizou-se o Plenário, durante o qual cada grupo pode expor o que reflectiu, tendo o Secretariado registado minuciosamente tudo quanto foi mencionado, em ordem a uma nova síntese e continuidade dos trabalhos.
A terminar, houve ainda tempo para uma breve partilha de experiências pastorais, após o que o coordenador e o Senhor Bispo, agradeceram a disponibilidade e presença dos participantes e deram por encerrados os trabalhos.

António Novais Pereira

4ª Assembleia Sinodal da Diocese de Beja



No sábado, dia 24 de janeiro corrente, entre as dez horas e trinta minutos e as dezassete horas e trinta minutos, no Centro Pastoral Diocesano, em Beja, realizou-se a 4ª Assembleia Sinodal da Diocese de Beja.
A sua preparação, desde o Ano Pastoral anterior, foi marcada principalmente por muitas reuniões de reflexão nas Paróquias, grupos, serviços e movimentos, tendo como base o 2º Guião de trabalho, intitulado “A Palavra que dá vida”. Contudo, na elaboração das propostas agora apresentadas, foram consideradas não apenas as sugestões do último ano pastoral mas também o documento síntese levado à Assembleia Sinodal de 09 de Novembro de 2013, centrado na “Igreja que queremos”.
Sob a presidência do Bispo coadjutor, D. João Marcos, durante a manhã, e do Bispo titular, D. António Vitalino, durante a tarde, a Assembleia realizou os seus trabalhos no Salão do Centro Pastoral (Seminário). Logo após a Oração de Laudes, própria da memória de S. Francisco de Sales, o presidente a Assembleia deu início aos trabalhos e passou a palavra ao Presidente da Comissão Sinodal, Cónego António Domingos Pereira que, sucintamente, recordou a caminhada Sinodal já realizada e expôs o método a seguir neste dia.
Por seu lado, o Padre António Novais, Presidente do Secretariado-geral, recordou as regras principais a respeitar nas “intervenções na Assembleia Sinodal”, constantes no artigo 12º do Regulamente e, durante o dia, coordenou as intervenções dos sinodais, bem como a votação individual de cada proposta, no final da sua análise e pequenas alterações. Neste trabalho, foi fundamental a colaboração atenta dos outros elementos do secretariado presentes, dada a necessidade de proceder ao registo das intervenções, bem como das respectivas votações. Este trabalho foi dificultado pela variação das presenças na sala de trabalhos. De referir que, no cumprimento do Regulamento, não foi permitida a abstenção nas votações mas antes o voto “sim” (assinalado com o braço no ar e apresentando um cartão com a cor verde), o voto “sim com reserva” (assinalado com o braço no ar e apresentando um cartão com a cor amarela) e o voto “não” (assinalado com o braço no ar e apresentando um cartão com a cor vermelha).
No final dos trabalhos e da celebração da Eucaristia, D. António Vitalino agradeceu a participação de todos quantos se disponibilizaram para participar nesta assembleia e apelou ao empenho e entusiasmo na continuidade da caminhada sinodal, quer nos diferentes grupos, por toda a diocese, quer por parte de todos quantos têm especial dever na dinamização, principalmente a Comissão Sinodal e Secretariado-geral.


ASSUNTOS TRATADOS


Para melhor entendermos as propostas agora levadas à Assembleia Sinodal convém referir que, de certo modo, elas resultam das muitas reuniões de reflexão que se realizaram nos diferentes grupos que se constituíram nas Paróquias, grupos, serviços e movimentos. No ano Pastoral de 2012/2013 os trabalhos tiveram como base um Guião centrado na Igreja que queremos ser, alicerçada em três pilares fundamentais: “A Igreja, mistério de Comunhão”, “A Igreja, Povo de Deus” e “Igreja, Estruturas de Comunhão e Corresponsabilidade”. No Ano Pastoral de 2013/2014, o 2º Guião, intitulado “A Palavra que dá vida”, focou principalmente a necessidade de escutar Jesus Cristo, Palavra do Pai, que nos envia em Missão como testemunhas, arautos, celebrantes e orantes.
A síntese das respostas que chegaram ao Secretariado, tanto no primeiro como no segundo anos, indicou algumas propostas para a renovação da Igreja na diocese. No documento agora aprovado,  encontramos uma grande riqueza, cuja diversidade merece uma leitura atenta, havendo aqui lugar para uma referência geral aos assuntos nele contidos: estruturas paroquiais ou interparoquiais,  estruturas e serviços diocesanos, movimentos e grupos apostólicos, a instituição paroquial e seus diferentes serviços (catequese, anúncio da Palavra, Eucaristia, celebração dos Sacramento,s, serviço da caridade, celebração do domingo), pastoral familiar, o clero, dimensão missisonária, iniciação cristã, o acolhimento, pastoral vocacional, pastoral da juventude, a oração, importância das novas tecnologias ao serviço da comunicação eclesial e da evangelização,calendarização/programação e avaliação pastoral.


António Novais Pereira



quinta-feira, 28 de maio de 2015

ANO PASTORAL 2014 / 15

PLANO PASTORAL

Chamados a crescer na fé
 e 
na prática da caridade organizada

INTRODUÇÃO

Após parecer favorável do Conselho Presbiteral último, a Comissão Sinodal e o SCAP propõem que não nos dispersemos com muitas coisas ou ideias, antes nos concentremos na temática e trabalhos sinodais, ao mesmo tempo que procuraremos delinear os caminhos de uma verdadeira iniciação cristã, convictos de que, deste modo, será possível “crescer na fé e na prática da caridade organizada”. Ao longo do ano pastoral pouco ou nada conseguiremos se não procurarmos aprofundar a nossa própria vida de fé para poder comunicá-la mais eficazmente. Nesta perspectiva, o recente Ano da Fé foi um “convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo». Porém, “a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria.» Mais do que ter muita fé, importa nela crescer, na medida em que se procura conhecer melhor os seus conteúdos, de modo a aderir a eles com maior convicção, amor e confiança, mantendo-a viva pela prática da caridade.
O Plano Pastoral, embora pareça demasiado simples, torna-se exigente na sua execução, ou até mesmo impossível, se faltar a audácia da fé para renunciar a determinados hábitos e critérios pastorais, em favor de novos caminhos ou experiências que será necessário fazer, tendo em conta a nova realidade e a experiência da Igreja, já refletida não apenas no Direito Canónico mas também nos Preliminares dos próprios Rituais. A meu ver, como “fazer cristãos” e “construir as comunidades cristãs, constitui o cerne da Iniciação Cristã.
Sabemos que já existem normas Diocesanas em vigor. Agora, é tempo de refletirmos, com base na experiência, sobre as dificuldades encontradas e, se for indispensável, propormos as respetivas alterações, na fé e procura da verdadeira comunhão eclesial. As notícias que por vezes nos chegam de práticas pastorais facilitistas ou simpáticas, não nos roubam a responsabilidade de lermos atentamente o que está estabelecido, com amor à verdade e procura do que se impõe fazer em favor da Iniciação Cristã.

PROJECTO OU PLANO PASTORAL PAROQUIAL


Na acção pastoral, para não cairmos na improvisação rotineira, torna-se necessário parar para reflectir e escrever os objectivos e as acções que dão coerência ao muito que temos a realizar.
Em primeiro lugar á necessário convencermo-nos da necessidade de um Projecto ou Plano Pastoral Paroquial para que possamos ver o horizonte eclesial para o qual caminhamos. Ao planificarmos, procuramos juntos, à luz da Palavra de Deus e com a ajuda do Espírito, as necessidades apontadas pelo Senhor, através dos desafios da realidade das nossas Paróquias.
Em segundo lugar, quando programamos, pensamos no futuro imediato e decidimos antecipadamente o que deve ser realizado. Numa boa programação, temos em conta as nossas possibilidades e adaptamo-nos ao dinamismo da vida, dos acontecimentos e necessidades sentidas pela comunidade, tendo em conta a realidade que nos circunda (Paróquia, Arciprestado e Diocese), os apelos que recebemos do Evangelho e da própria Igreja diocesana.

LINHAS PASTORAIS DIOCESANAS


1 - Prestar particular atenção ao percurso batismal dos jovens e adultos. 
Definir e realizar um projeto de dois anos a ser seguido obrigatoriamente por todos os que se preparam para o batismo, em itinerário catecumenal. Fazer a avaliação de cada batizando ao longo do tempo. O projeto pode ser realizado em cada paróquia ou interparoquial. Caberá ao SCAP e ao Secretariado de liturgia, preparar o projeto, contando com o contributo dos diferentes agentes pastorais.
2 - Prestar particular atenção ao percurso para o sacramento da Confirmação. Definir e realizar um projeto de dois anos a ser seguido obrigatoriamente por todos os que se preparam para o Crisma, em itinerário catecumenal. Fazer a avaliação de cada crismando ao longo do tempo. O projeto pode ser realizado em cada paróquia ou interparoquial. Caberá ao SCAP e ao Secretariado de liturgia, preparar o projeto, contando com o contributo dos diferentes agentes pastorais.

3 - Dar particular relevo às primeiras Comunhões, fazendo um percurso catequético relevante com as crianças, em itinerário catecumenal e fomentando a comunhão eucarística continuada.

4 - Criar, em cada paróquia, um grupo de acólitos, desenvolvendo com eles um projeto sistemático de formação e ação.

5 - Criar ou aumentar em cada paróquia os grupos de trabalho sinodal, envolvendo-os na prática da caridade organizada nas suas paróquias. 












PRÁTICA DOMINICAL NA DIOCESE DE BEJA

1. Posicionamento Religioso nos Censos Gerais da População 

Nesta Diocese, descristianizada ou precariamente evangelizada, a população Católica, constituída pelos baptizados na Igreja Católica e que não renegaram da sua fé, inclui certamente não apenas os de prática dominical regular e irregular – por ocasião dos actos sociais – mas também os que se declaram estatisticamente católicos, porém de prática nula ou quase nula. Nos últimos doze anos aumentaram não apenas os que seguem outras religiões, (de dois para três por cento) como também os sem religião (16,12 %), em 2011. 
Nos Recenseamentos Gerais da População de 1981,1991, 2001 e 2011, Beja é uma Diocese com elevada percentagem de população maior de quinze anos que não responde sobre a religião a que pertence (41,7 %, 34,7 %, 17,6% e 13,32%) revelador da tendência a privatizar a religião. No entanto, é de salientar a diminuição progressiva e significativa, de 41,7 %, em 1985, para 17,6%, em 2011. Dos que responderam, no Baixo Alentejo, diziam-se católicos 81,92 % e, no Alentejo Litoral, 77,03%. Em 2011, dos que se declararam sem religião, os índices mais elevados, encontramo-los no Alentejo Litoral (15,50%) e os mais baixos no Baixo Alentejo (12,79%). Com base nos declarantes, de sublinhar, em 2011, o aumento da expressão dos Ortodoxos e Protestantes (1,77 %), comparativamente a Censos anteriores (0,84 % em 1991 e 0,66% em 2001) que conjuntamente, ainda têm um índice inferior a outras Confissões Cristãs (1,78%). Em números ainda bastante inferiores a Religião Judaica (0,03 %), a Muçulmana (0,12 %) e outras religiões não cristãs (0,35 %). 

2. Prática Dominical

Estamos perante a Diocese portuguesa com menor índice de prática Dominical. Tendo revelado uma tendência para a estabilização da percentagem entre 1985 e 2001, depois de um aumento progressivo desde 1977, verificou-se uma desaceleração do crescimento da prática Dominical já em 1991 e, na década que se seguiu, (1991-2001), nada nos permite afirmar que possa ter havido quaisquer aumentos reais no índice da prática Dominical. 
Nos totais e acima da média Diocesana (5,09 %) encontramos os Arciprestados de Beja (com 5,71 %), Cuba (com 6,02 %) e Moura (com 6,79 %). Fazendo a leitura dos índices por Concelhos, e por ordem alfabética, igual ou acima da média Diocesana, os Concelhos de Almodôvar (6,05 %), Alvito (10,85 %), Barrancos (6,71 %), Beja (5,71 %), Cuba (6,62 %), Mértola (5,45 %), Moura (6,97 %), Ourique (6,86 %), Serpa (6,63 %) e Vidigueira (5,85 %). Com menor prática Dominical os Concelhos de Castro Verde (3,18 %), Santiago do Cacém (3,31 %), Sines (3,49 %), Ferreira do Alentejo (4,30 %), Aljustrel (4,43 %), Odemira (4,54 %) e Grândola (4,71 %).
Discriminando por sexos, encontramos em todos os escalões etários, uma prática Dominical mais elevada nas mulheres do que nos homens, sendo o Arciprestado de Moura, com 10,84 % nas mulheres, e o de Beja, com 2,84 % nos homens os que apresentam os índices mais elevados. 
Considerando as idades, encontramos os índices mais elevados nas crianças em idade de catequese (entre os 7 e os 14 anos, com 10,26 %), com quebra acentuada a partir dos quinze anos (2,82 %, dos 15 aos 24 anos; 2 %, dos 25 aos 39 anos; 3,27 %, dos 40 aos 54 anos e 5,48 %, dos 55 aos 69 anos), sendo registado um aumento da prática dominical na população com setenta e mais anos de idade (8,5 %, em 2001 e 11,35 %, em 2013). O desajustamento da prática pastoral atinge a infância e adolescência (7 – 14 anos) sobretudo nos Concelhos de Grândola (4,24%), Castro Verde (4,87 %) e Sines (5,42 %). Este desajustamento, ao nível da Diocese, acentua-se ainda mais nas idades entre os quinze e vinte e quatro anos, (2,82%) bem como entre os vinte e cinco e trinta e nove anos (2%) A fase etária dos 7 aos 14 anos, representa 15,84 % nas Assembleias Dominicais Diocesanas, baixando drasticamente entre os quinze e vinte e quatro anos (5,18%), para continuar a subir a partir dos quarenta anos e atingir a sua máxima expressão na população com setenta e mais anos de idade (29,83%). A partir de 1985 verificamos uma quebra na percentagem do sexo feminino (15-24 anos) dentro do grupo dos jovens praticantes (em 1977, 76 %; em 1985, 77 %; em 1991, 73 %; em 2001, 71 %, em 2013, 68,14%). 
Os dados do RPD, realizado em Novembro de 2013, permitem concluir que aproximadamente 97,88 % das populações juvenis residentes (15-24 anos) não frequentam a missa ao Domingo, poucos terão feito a Primeira Comunhão e, em percentagem bastante inferior a recepção do Sacramento do Crisma, a atestar pela comparação da população residente com as celebrações das Confirmações. Apesar do aumento significativo da celebração deste Sacramento, principalmente a partir de 2009, verifica-se a presença de menos jovens nas assembleias dominicais (2,82%, entre os 15 e 24 anos e 2%, dos 25 aos 39 anos de idade.
O número de Comunhões entre os participantes nas celebrações Dominicais é elevado, uma vez que comungam aproximadamente 58,92 %. A nível Diocesano, o índice mais elevado de comungantes (71,40 %) encontramo-lo na idade entre os 15 e 24 anos e, nas percentagens de comungantes homens e mulheres, as maiores diferenças verificam-se nas idades dos 55 aos 69 anos (com 60,19 % nas mulheres e 51,63 % nos homens) e com setenta e mais anos de idade, (com 51,44 % nos homens e 63,88 % nas mulheres).


António Novais Pereira